Processo contra jovem acusada de atropelar e matar médico Pedro Caldas em Palmas é suspenso

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Medida foi necessária porque Iolanda Fregonesi deve ir à juri popular, mas a realização deste tipo de audiência está suspensa em Palmas por causa da Covid-19. Médico Pedro Caldas morreu após ficar internado por cerca de um mês.

A Justiça do Tocantins suspendeu o processo contra Iolanda Costa Fregonesi, a jovem acusada de dirigir embriagada e atropelar o médico Pedro Caldas enquanto ele andava de bicicleta em Palmas. O juiz Marcelo Eliseu Rostirolla, da 1ª Vara Criminal da capital, justificou dizendo que as medidas temporárias e emergenciais de prevenção ao coronavírus inviabilizaram o julgamento.

“considerando a necessidade de adoção de medidas temporárias e emergenciais de prevenção ao contágio pelo coronavírus, determino a suspensão do processo enquanto perdurar a inviabilidade de realização de sessões do Tribunal do Júri, bem como do cumprimento dos atos processuais”, escreveu.

Pedro Caldas morreu após ficar em coma por cerca de um mês. A Justiça já decidiu que Iolanda Fregonesi deve ir à júri popular. O julgamento estava marcado para agosto deste ano, mas foi adiado após a defesa dela apresentar recurso no Superior Tribunal de Justiça. Os pedidos foram negados e quando as audiências do Tribunal do Juri voltarem a ser realizadas em Palmas uma nova data deve ser marcada.

O atropelamento foi em novembro de 2017. A jovem estaria dirigindo embriagada e sem habilitação quando atropelou o médico e um colega dele em uma das marginais da TO-050. Iolanda responde ao processo em liberdade. Segundo a investigação da Polícia Civil, em 2016 a jovem já havia atropelado um casal na avenida Tocantins, em Palmas.

Além disso, conforme o delegado Hudson Guimarães Leite, que investigou o atropelamento do médico, Iolanda Fregonesi nunca tirou carteira de habilitação.

“Na ocasião ela agiu da mesma forma que no caso do Pedro Caldas. Estava alterada e se recusou a fazer o teste do bafômetro. As vítimas estavam em uma motocicleta e tiveram fratura exposta. Na época, elas decidiram não representar criminalmente”, disse o delegado Hudson Guimarães Leite, durante as investigações.

O caso

Pedro Caldas e outro médico foram atropelados no dia 12 de novembro de 2017, na pista marginal da rodovia TO-050, perto do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Tocantins (Dertins).

Ele morreu depois de ficar um mês em coma e ter complicações no traumatismo craniano grave que sofreu. Segundo a Polícia Militar, na época, a jovem não apresentou carteira de habilitação.

A Justiça chegou a bloquear os bens que a jovem suspeita do atropelamento tem a receber de herança para garantir o pagamento de futuras indenizações. Na decisão do bloqueio, o juiz Rodrigo da Silva Perez Araújo apontou que há provas suficientes de que a jovem cometeu infração. Por isso, determinou o bloqueio de bens no valor de até R$ 3 milhões.

 

Por: G1 Tocantins