Partido no poder na Suécia aprova candidatura à Otan

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Decisão permitirá que o governo apresente um pedido de adesão junto com a Finlândia. A primeira-ministra da Suécia, Magdalena Andersson, durante chegada para a reunião de líderes da Força Expedicionária Conjunta, uma coalizão de 10 estados focados na segurança no norte da Europa, em Londres, em 15 de março de 2022
Justin Tallis/Reuters/Arquivo
O Partido Social-Democrata, que governa a Suécia, deu sinal verde neste domingo (15) para a candidatura do país a ingressar na Otan, o que permitirá que o governo apresente um pedido de adesão junto com a Finlândia.
Durante reunião extraordinária realizada neste domingo, a direção decidiu que o partido “colaboraria em uma candidatura da Suécia à Otan”, informaram os social-democratas em um comunicado que manifestava uma mudança em sua posição.
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O partido explica que é contrário à instalação de bases permanentes da Otan e de armas nucleares no território sueco, o que não é exigido para integrar a aliança.
Uma consulta interna revelou as divisões no partido, com vozes críticas que denunciaram o que consideram uma decisão precipitada, apenas para seguir o calendário da Finlândia.
Grupo protesta contra a adesão à OTAN do lado de fora do escritório do Partido Social Democrata em Estocolmo, na Suécia, no sábado (14)
Anders Wiklund/TT News Agency via Reuters
Mas a autorização da direção do partido continua sendo aguardada.
A primeira-ministra sueca e líder do partido, Magdalena Andersson, concederá uma entrevista coletiva nas próximas horas em Estocolmo.
Coa a mudança de postura do partido, a maioria a favor da entrada na Otan está garantida no Parlamento.
A direita já era favorável à adesão e o partido de extrema-direita Democratas da Suécia (SD) afirmou que também é favorável se a iniciativa acontecer em conjunto com a Finlândia.
O governo da Finlândia anunciou neste domingo sua candidatura “histórica” de adesão à Otan, que será apresentada ao Parlamento na segunda-feira.
A invasão da Ucrânia pela Rússia provocou um aumento considerável do apoio à Otan na opinião publica, tanto na Suécia como na Finlândia.

Fonte: G1 Mundo